Colorimetria: como descobrir a sua paleta de cores?
Entenda como as cores influenciam sua imagem e descubra a arte por trás da colorimetria pessoal
14 de junho de 2024 - às 10h00 (atualizado em 13/6/2024, às 11h16)
Envato
Escrito por
Dayana Bonetto
Redatora Let's Move 360
Já parou para pensar por que uma maquiagem ou roupa com determinadas cores cai tão bem, enquanto outras podem até mesmo afetar o astral de forma negativa? Segundo Clara Laface, consultora de imagem e estilo, essas perspectivas têm explicação na colorimetria, uma ciência que desvenda os segredos por trás das influências visuais das cores. “Colorimetria pessoal, mais conhecida como Análise de Coloração Pessoal, é o estudo que normalmente é realizado por meio de testes com tecidos, cujo objetivo é identificar qual o subtom e as cores que mais valorizam e harmonizam com a aparência individual, realçando a beleza natural e a expressão pessoal”, ressalta.
Laface explica que cada cor que entra na rotina desempenha uma função específica, influenciando a percepção visual em aspectos como idade aparente, ou seja, se está mais nova, mais velha, mais descansada, mais abatida, sem manchas, com manchas, sem rugas, com rugas e até imperfeições. Ela destaca que o ideal é usar as cores pessoais em tudo. “Seja na escolha de roupas, maquiagem, esmaltes ou na coloração do cabelo, a colorimetria é a chave para entender por que certos tons favorecem enquanto outros não. Assim, não se trata de uma casualidade, mas sim de uma ciência que embasa as escolhas diárias, desvendando a arte de expressar a melhor versão através das cores”.
Raízes da colorimetria
Os estudos sobre colorimetria tiveram início na virada para o século passado, impulsionados por figuras como Michel Chevreul, químico francês, que contribuiu para a teoria das cores; Wilhelm Ostwald, químico alemão, que desenvolveu o “círculo de cores de Ostwald”; Albert Munsell, artista americano, que criou o Sistema de Cores Munsell; Johannes Itten, pintor suíço, que influenciou as teorias sobre cores na Bauhaus; e Dorothy Dorr, conhecida por aplicar a colorimetria na moda e design.
Nos anos 40, a artista plástica e estilista americana Suzanne Caygill desenvolveu o Method of color Aanalysis (Método de análise de cores), que era um método para analisar e compreender as cores, e continuou a estudar o tema. Nos anos 80, ela lançou o livro definitivo Color: the essence of you (Cores: a essência de você), uma obra sobre a importância das cores e depois criou a The academy of color (A academia de cores), uma instituição fundada para ensinar e disseminar conhecimentos sobre a análise de cores.
No final desse período, a coloração estourou com o livro de Carole Jackson, Color me beautiful (Colora-me Bonita). Carole foi uma consultora de imagem e sua obra tornou-se um best-seller. Teve uma influência significativa na indústria da moda e beleza. Em Color me beautiful, Carole Jackson apresentou a ideia de categorizar as pessoas em diferentes estações, ou seja, primavera, verão, outono e inverno, com base em suas características pessoais, como cor de pele, olhos e cabelo.
Em 1995, Mary Spillane e Christine Sherlock escreveram Color me beautiful’s looking your best (Color me beautiful: mostrando o seu melhor). Na obra, elas desdobraram as quatro estações no método sazonal expandido, com subdivisões para 12 tipos: verão puro, suave e claro; inverno puro, intenso e profundo; primavera pura, clara e intensa; e outono puro, suave e profundo.
A obra, até hoje, oferece orientações sobre quais cores de roupas e maquiagem melhor complementam cada pessoa.
Descobrindo a paleta de cores
A consultora de imagem e estilo destaca que, ao escolher uma paleta de cores, é essencial levar em consideração o tom de pele. “A melanina, presente na pele, é a substância que determina sua cor geral. Além disso, a hemoglobina, uma proteína que transporta oxigênio no sangue, e o caroteno, um pigmento encontrado em alimentos como cenouras, também têm papel na definição se a pele tem um tom frio, neutro ou quente. Esses elementos influenciam sutilmente como as cores interagem com a pele, realçando suas características naturais”, pontua.
Laface ressalta que ao explorar os objetivos da colorimetria, a pessoa mergulha nas cores que mais combinam consigo. “Ela pensa em coisas como se prefere cores quentes, frias ou neutras, se gosta de tons mais claros, médios ou escuros, se quer cores mais vibrantes ou mais suaves, e como o contraste afeta sua aparência. Também dá uma olhada prática em qual cor de delineador fica melhor para cada cor de olho, por exemplo”, indica.
Nesse sentido, Laface explica que ao considerar, por exemplo, as estações do ano, a escolha depende da luminosidade. “O verão ou o inverno são períodos em que a luz é mais intensa, e o azul do céu se destaca, caracterizando-os como as estações frias; já na primavera e no outono, a luz é mais suave e dourada, com predominância do amarelo na natureza, sendo assim, consideradas as estações quentes. É dessa maneira que a coloração pessoal classifica os tipos entre verão, inverno, primavera e outono”, esclarece.
Coloração pessoal: verão, inverno, primavera, e outono
De acordo com a consultora de imagem, a coloração pessoal que divide os tipos entre verão, inverno, primavera e outono é o método mais utilizado. Ela explica que, em geral, o verão representa cores suaves e sutis; já o inverno, cores intensas e puras; a primavera, cores alegres e luminosas; e o outono, cores quentes e terrosas. Clara Laface pontua que, embora existam vários tipos de pele, é comum que algumas possam ser identificadas conforme as estações:
- Verão: pele clara e rosada, olhos claros, para os acinzentados, cabelos mais claros. Tons suaves e frios, como azul-pálido, lavanda e rosa claro;
- Inverno: pele branca e rosada, olhos escuros, para os acinzentados, cabelos mais escuros. Cores intensas e vibrantes, como vermelho profundo e azul-marinho;
- Primavera: pele clara e dourada, olhos claros, para os amarronzados, cabelos mais claros. Cores alegres e claras, como amarelo-ouro, verde-limão e coral;
- Outono: pele clara e dourada, olhos escuros, para os amarronzados, cabelos mais escuros. Tons quentes e terrosos, como marrom, verde-oliva e mostarda;
Clara Laface ressalta que além da estação que define a coloração pessoal, existem outras características que ajudam a identificar se a pele é fria ou quente. “As peles quentes geralmente têm veias esverdeadas, tons amarelados e esverdeados, bronzeiam ao sol, e harmonizam com jóias em ouro amarelo. Já as peles frias apresentam veias azuladas, tons rosados e avermelhados, queimam no sol, ficam bem com jóias em ouro branco”, esclarece.
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