Descubra os 5 sintomas mais comuns da Fotofobia

Entenda os sinais que indicam a sensibilidade ocular excessiva e como lidar com ela

21 de junho de 2024 - às 10h00 (atualizado em 18/6/2024, às 09h25)

Uma mulher sentada à mesa de trabalho, aparentando cansaço, segura os óculos com uma mão enquanto esfrega os olhos com a outra. Em sua mesa, há um laptop, papéis, uma calculadora e alguns itens de escritório.
Crédito:

Envato

Escrito por

Dayana Bonetto

Redatora Let's Move 360

Fotofobia é uma condição caracterizada pela sensibilidade excessiva à luz, o que causa desconforto ao estar em ambientes muito claros ou ao expor os olhos a fontes luminosas, como a luz solar direta ou telas brilhantes de dispositivos eletrônicos. O Ministério da Saúde estima que três em cada 10 brasileiros sofrem com o problema. Segundo Marcelo Brito, médico oftalmologista, os sintomas da fotofobia geralmente incluem irritação ocular e dores intensas nos olhos em resposta à luz. 

Causas da fotofobia

Brito alerta que a fotofobia também pode ser indicativa de outras questões de saúde, desde irritações oculares menores até mais graves, como lesões na cabeça. Ele compartilha as causas mais comuns:

  • Conjuntivite: o problema pode estar associado a várias condições oftalmológicas, como a conjuntivite, que é a inflamação da membrana transparente que cobre a parte branca do olho e o interior das pálpebras. Nesse caso, a sensibilidade à luz é frequentemente acompanhada de vermelhidão, coceira e secreção ocular;
  • Uveíte: é uma inflamação da úvea, a camada média do olho, composta pela íris, corpo ciliar e coroide. Além da sensibilidade à luz, os pacientes com uveíte podem apresentar dor ocular intensa, visão embaçada e, em casos graves, até perda de visão;
  • Catarata: é uma opacificação do cristalino, a lente natural do olho, que pode resultar em visão turva e sensibilidade à luz. A fotofobia é um sintoma comum em estágios avançados da catarata, quando a opacificação do cristalino prejudica significativamente a qualidade da visão;
  • Enxaqueca: um tipo de dor de cabeça recorrente que pode ser acompanhada por sensibilidade à luz, entre outros sintomas;
  • Lúpus: doença autoimune que pode afetar várias partes do corpo, incluindo os olhos. A fotofobia pode ocorrer em pacientes com lúpus, especialmente durante períodos de atividade da doença, quando há inflamação generalizada no organismo;
  • Esclerose múltipla: também é uma doença autoimune. Afeta o sistema nervoso central, incluindo os nervos ópticos. A sensibilidade à luz pode ser um sintoma em alguns pacientes com esclerose múltipla, especialmente durante surtos da doença;
  • Medicamentos: certos medicamentos podem desencadear fotofobia como efeito colateral. Isso pode incluir antibióticos, antidepressivos, antipsicóticos e aqueles para tratamento de doenças cardiovasculares;

5 principais sintomas de fotofobia

  • Irritação ocular: surge como uma sensação de desconforto nos olhos, frequentemente acompanhada de vermelhidão e coceira;
  • Dores intensas nos olhos: sensação de dor aguda ou latejante nos olhos em resposta à exposição à luz intensa;
  • Visão embaçada: dificuldade em focalizar os objetos com clareza, especialmente quando exposto a fontes de luz intensa;
  • Sensação de mal-estar geral: alguns pacientes ficam indispostos ou nauseados ao enfrentar ambientes muito iluminados;
  • Agravamento de outros sintomas: a fotofobia pode intensificar outros sintomas oculares ou de saúde geral, como dores de cabeça e sensibilidade a ruídos.

Tratamento

De acordo com o médico oftalmologista, o tratamento da fotofobia varia conforme sua causa. “Se a sensibilidade à luz estiver relacionada a problemas nos olhos, como irritações ou inflamações, podem ser receitados colírios ou outros medicamentos oftalmológicos. Já se a fotofobia for um sintoma de condições de saúde mais abrangentes, como enxaqueca ou doenças autoimunes, o tratamento se concentra em tratar a causa subjacente com medicamentos específicos”, indica. Além disso, ele recomenda o uso de óculos escuros para proteger os olhos da intensidade da luz. 

No entanto, Brito ressalta que não há uma abordagem única de tratamento, pois cada caso pode exigir medidas específicas. “Por exemplo, pacientes com enxaqueca podem necessitar de tratamento direcionado após consulta com um neurologista, enquanto aqueles com condições genéticas, como albinismo, devem adotar cuidados adicionais para minimizar o desconforto diário”, pontua. 

 

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