Disidrose: causas, sintomas e tratamentos

Descubra as causas por trás das bolhas da disidrose e como aliviar seus sintomas

23 de julho de 2024 - às 10h10 (atualizado em 19/7/2024, às 09h31)

A imagem mostra uma pessoa aplicando pomada ou creme hidratante na parte superior da mão esquerda, que está visivelmente inflamada e coberta por uma erupção cutânea vermelha. Ela veste uma camiseta cinza e está em um ambiente neutro.
Crédito:

Envato

Escrito por

Dayana Bonetto

Redatora Let's Move 360

A disidrose, também conhecida por eczema disidrótico, é uma condição da pele que causa bolhas pequenas e claras, acompanhadas por uma área avermelhada, principalmente nas mãos e pés. Rafaella Caruso, dermatologista do Hospital Santa Catarina, explica que essas vesículas podem provocar coceira e dor, e eventualmente se transformam em pele descamada. Segundo a dermatologista, na maioria das vezes, afeta apenas as mãos, começando nos lados dos dedos, mas pode se espalhar e formar bolhas maiores. Caruso destaca que geralmente, a disidrose melhora em algumas semanas, mas em casos mais graves pode se tornar uma condição crônica que requer tratamento especializado para aliviar os sintomas e evitar que retorne com frequência.

Causas 

De acordo com Rafaella Caruso, a disidrose pode ter várias causas, mas as mais comuns estão relacionadas à dermatite de contato e até medicamentos. 

  • Dermatite de contato: é uma reação inflamatória da pele causada pelo contato com substâncias irritantes ou alérgenos. Produtos químicos presentes em detergentes, produtos de limpeza, solventes e até mesmo em certas plantas podem danificar a barreira protetora da pele, levando ao desenvolvimento de vesículas características da disidrose;
  • Certos fungos: como os do gênero Candida, podem infectar a pele e desencadear reações inflamatórias que resultam na formação de bolhas típicas da disidrose;
  • Condições de umidade e calor: certas temperaturas também favorecem o crescimento desses fungos, tornando áreas como as palmas das mãos e as solas dos pés propensas a infecções fúngicas, especialmente em indivíduos com predisposição genética ou com o sistema imunológico comprometido;
  • Farmacodermia: são as reações cutâneas adversas a medicamentos. Alguns medicamentos, quando ingeridos ou aplicados na pele, podem desencadear reações alérgicas que se manifestam como disidrose;

Sintomas

Caruso explica que os sintomas da disidrose se mantêm de uma a três semanas, podendo levar meses para aparecer novamente. Ela destaca os principais:

  • Vesículas e bolhas claras: pequenas bolhas ou vesículas transparentes que surgem na palma das mãos e/ou planta dos pés são o sintoma mais característico da disidrose. Elas podem variar em tamanho e quantidade;
  • Área avermelhada: acompanhando as vesículas, pode ocorrer uma área avermelhada na pele afetada;
  • Sensação de coceira: muitos pacientes sentem coceira intensa na área afetada, o que pode ser bastante incômodo;
  • Dor: em alguns casos, as bolhas podem causar dor ou desconforto, especialmente se estiverem presentes em áreas de pressão ou fricção;
  • Descamação da pele: após a ruptura das bolhas, pode ocorrer descamação da pele, deixando uma superfície áspera e ressecada.

Diagnóstico e tratamento

Segundo a dermatologista, o diagnóstico é clínico. “O médico vai examinar as lesões e pedir um teste alérgico para esclarecer se é uma dermatite de contato alérgica ou uma manifestação cutânea por uma infecção fúngica. Só então começa o tratamento adequado”, reforça Caruso.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), na fase aguda, o tratamento consiste em compressas ou banhos de permanganato de potássio ou água boricada a 2%, de duas a três vezes ao dia, até a melhora das lesões. Um creme de corticoide de alta potência, ou pasta d’água, pode ser usado associado às compressas, ou após a melhora do quadro.

 

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