Fonofobia: aprenda a lidar com a sensibilidade a sons

Conheça os sintomas da fonofobia e as opções de tratamento disponíveis

24 de junho de 2024 - às 11h33 (atualizado em 24/6/2024, às 11h33)

A imagem mostra uma jovem com expressão de incômodo, usando óculos, uma faixa vermelha no cabelo cacheado e um suéter claro. Ela está com as mãos nos ouvidos, aparentando estar desconfortável ou preocupada.
Crédito:

Envato

Escrito por

Dayana Bonetto

Redatora Let's Move 360

Imagine estar em um ambiente onde os sons do dia a dia, como o barulho do trânsito ou até mesmo vozes ao redor, se tornam insuportáveis, causando desconforto. Para quem sofre de fonofobia, esses ruídos podem ser verdadeiros gatilhos para crises. Segundo Rosane Soeiro Pino Garcia, fonoaudióloga, a fonofobia é um transtorno em que a pessoa possui sensibilidade excessiva a sons, levando a reações como irritação, ansiedade e até mesmo dor. De acordo com ela, as causas podem variar, desde predisposição genética até experiências traumáticas relacionadas ao som. Garcia destaca que a condição pode impactar significativamente a qualidade de vida de quem convive com ela, já que em muitos casos, tende a se isolar e ter dificuldades no trabalho e estudo. No entanto, com o suporte e tratamento adequado, é possível aprender a lidar com essa sensibilidade e melhorar o bem-estar geral. O diagnóstico geralmente é feito por um profissional que observa respostas a diferentes estímulos sonoros.

Sintomas

Quando expostas a certos sons, as pessoas que sofrem de fonofobia podem ter sensação de inquietação intensa até manifestações físicas. Rosane Soeiro cita outros principais sintomas:

  • Irritabilidade: pode ocorrer uma resposta de irritabilidade intensa diante de sons comuns do cotidiano, como o abrir de lacre de latas ou talheres batendo em um prato;
  • Ansiedade: preocupação excessiva e constante em relação aos ruídos ao redor. Ao ouvir o som de alarme, por exemplo, a pessoa com pode sentir uma crescente sensação de apreensão e desconforto;
  • Pânico: a exposição a sons altos pode desencadear ataques de pânico, levando a sensações avassaladoras de medo e desespero. Por exemplo, fogos de artifício podem causar um intenso ataque de pânico em alguém com fonofobia;
  • Sudorese: a sudorese excessiva é uma resposta comum da ansiedade provocada pela fonofobia, resultando em transpiração intensa. Uma pessoa com fonofobia pode começar a suar ao ouvir o barulho de sirenes de ambulância;
  • Palpitações: som de buzinas constantes, por exemplo, pode causar a sensação de batimentos fortes e rápidos no coração;
  • Náuseas: o barulho do trânsito intenso pode fazer com que uma pessoa com fonofobia sinta-se enjoada e com vontade de vomitar;
  • Tontura: após ouvir o som de um alarme ensurdecedor, alguém com fonofobia pode sentir tontura e vertigem.

Tratamentos

Segundo Rosane, os tratamentos para a fonofobia envolvem diferentes abordagens. Pode incluir relaxamento, meditação ou métodos que ajudam a controlar melhor o estresse. “Às vezes, podem sugerir o uso de aparelhos auditivos especiais que ajudam a filtrar os sons”, destaca. Além disso, ela ressalta que outras opções incluem terapia de exposição, onde a pessoa gradualmente se expõe a sons que causam desconforto, para ajudar a se acostumar com eles. “Também há a terapia cognitivo-comportamental (TCC), que ajuda a mudar a forma como se pensa e age em relação aos sons”, pontua.

A fonoaudióloga salienta que embora não haja uma cura definitiva, esses tratamentos podem ajudar a controlar os sintomas. No entanto, ela pontua que é  importante procurar ajuda profissional para obter um diagnóstico preciso e entender melhor as opções de tratamento. 

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