Ter casos na família aumenta o risco de doença cardíaca

Saiba como a predisposição familiar pode afetar sua saúde e adote hábitos preventivos para um coração saudável

9 de agosto de 2024 - às 10h00 (atualizado em 7/8/2024, às 16h21)

A imagem mostra um homem idoso sentado em um sofá, claramente em situação de desconforto ou dor. Ele está segurando o peito com a mão direita, sugerindo que pode estar sofrendo um ataque cardíaco ou algum outro problema relacionado ao coração. Ao lado dele, uma jovem mulher está inclinada em sua direção, demonstrando preocupação e oferecendo apoio. Ela parece estar tentando ajudar ou conversar com ele para entender melhor a situação. O ambiente é simples e claro, com um fundo branco que destaca os dois indivíduos no sofá.
Crédito:

Envato

Escrito por

Dayana Bonetto

Redatora Let's Move 360

Cuidar do coração é essencial para todos, e a genética desempenha papel importante nisso. Quem possui pais, avós, tios ou irmãos que passaram por algum problema cardiovascular tem maior risco, por exemplo, de desenvolver doença arterial coronariana (DAC), sofrer um infarto do miocárdio, ter um acidente vascular cerebral (AVC) ou ainda apresentar anomalias no órgão que muitas vezes só são descobertas após o corpo dar algum sinal.

Segundo Salete Nacif, diretora da SOCESP e membro do SOCESP Mulher, quando parentes de primeiro grau têm um histórico de infarto cardíaco ocorrido em uma faixa etária mais jovem, geralmente antes dos 50 ou 55 anos, isso pode indicar a presença de um fator genético oculto. “Existe probabilidade maior de que certos genes que contribuem para doenças cardiovasculares, como o colesterol elevado ou a pressão arterial alta, estejam presentes na família. Esse antecedente familiar pode aumentar o risco de outros membros desenvolverem complicações no coração em idade precoce”, adverte.

Portanto, Nacif destaca que é sempre importante prestar atenção nas ocorrências que ocorreram com parentes próximos. Em casos positivos, ela recomenda fazer uma avaliação cardiológica precoce. “Ao analisar os fatores de risco, também conseguimos entender melhor como o DNA pode influenciar no funcionamento do coração. No caso do colesterol, por exemplo, há pessoas que apresentam taxas altíssimas por herança genética, condição conhecida como hipercolesterolemia familiar ou HF. Trata-se de uma doença genética do metabolismo das lipoproteínas (gorduras) que se caracteriza por níveis muito elevados do colesterol de baixa densidade, o LDL-c (tipo de colesterol que contribui para a formação de placas de gordura nas artérias, o popular colesterol ruim). A disfunção que origina a HF é de transmissão autossômica dominante, o que significa que a metade dos descendentes em primeiro grau de um indivíduo afetado será portador do problema e apresentará níveis elevados de LDL-c desde o nascimento”, alerta.

A hipercolesterolemia familiar é uma doença grave, responsável por casos de eventos cardiovasculares em pessoas abaixo de 50 anos. O problema é que grande parte dos portadores de HF não sabe disso. É o que indica a pesquisa Arquivos Brasileiros de Cardiologia, da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Estima-se que menos de 10%das pessoas com a patologia têm o diagnóstico conhecido. 

Sabendo disso, é crucial que pessoas com histórico familiar de ataques cardíacos, derrames, pressão alta, colesterol alto ou diabetes, procurem um médico para avaliar o coração. Detectar esses problemas cedo pode ajudar a evitar complicações graves no futuro. 

Prevenção: problemas cardíacos com histórico genético

  • Conheça antecedentes familiares: é importante que a pessoa saiba se algum membro de sua família teve problemas cardíacos, como ataques cardíacos ou derrames. Isso pode indicar um risco aumentado para ela também;
  • Faça check-ups regulares: mesmo que a pessoa se sinta bem, é importante fazer exames do coração regularmente, especialmente se houver familiares com histórico de doenças cardíacas;
  • Entenda a influência da genética: algumas condições cardíacas, como o colesterol alto herdado dos pais, podem aumentar as chances de a pessoa ter problemas cardíacos. É importante que ela entenda esses fatores para tomar medidas preventivas.
  • Converse com um médico: se a pessoa tem histórico familiar de problemas cardíacos, é recomendado que ela fale com um médico sobre suas preocupações. Eles podem ajudar a avaliar o risco e recomendar medidas para manter o coração saudável;
  • Adote hábitos saudáveis: mesmo com predisposição genética, é possível reduzir o risco de problemas cardíacos mantendo um estilo de vida saudável. Isso inclui uma dieta equilibrada, exercícios regulares e não fumar.

 

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