Monkeypox (MPOX): o que é, como é transmitido, sintomas e tratamento
Segundo a OMS, o MPOX pode ser transmitido por contato direto ou indireto
29 de julho de 2024 - às 10h10 (atualizado em 27/7/2024, às 09h40)
Envato
Escrito por
Dayana Bonetto
Redatora Let's Move 360
O monkeypox (MPOX), também chamado de “varíola dos macacos”, é causado pelo Monkeypox vírus, do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. É uma doença zoonótica viral, caracterizada por uma erupção cutânea pustular, que pode se apresentar de forma leve, grave e até fatal. Causa febre, cefaleia, dores musculares e nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão.
A comparação com a “varíola dos macacos” se deve à semelhança de uma doença identificada nos primatas em 1958. No entanto, Felipe Naveca, virologista e pesquisador da Fiocruz Amazônia, explica que o MPXV não é transmitido apenas por essa espécie. “Apesar da comparação, sabemos que outros animais podem ser reservatórios desse vírus. Na grande maioria das vezes, principalmente fora do continente africano, são outros animais, como roedores, por exemplo, que contaminam os seres humanos com MPXV”, alerta.
Transmissão
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o MPOX pode ser transmitido por contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões na pele ou mucosas de animais infectados. Já a transmissão secundária ou de pessoa a pessoa, o virologista destaca que pode acontecer por contato próximo com secreções infectadas das vias respiratórias ou lesões na pele de uma pessoa contaminada.
Sintomas
De acordo com Naveca, os sintomas podem ser divididos em:
Gerais
- Febre intensa;
- Dor de cabeça intensa;
- Dores generalizadas nos músculos e nas costas;
- Fraqueza;
Manifestações específicas
- Inchaço de gânglios, denominados de maneira generalizada;
- Lesões cutâneas, particularmente notáveis na área de contato inicial. Exemplo: Se houver um contato sexual, essas lesões podem se manifestar nesta região;
Características temporais das lesões cutâneas
- Aparecem de 1 a 3 dias após o início da febre;
- Sua presença aumenta a suspeita de bronquiepox;
Diagnóstico
A OMS enfatiza que a única maneira de confirmar ou descartar a doença é através da testagem. Além disso, a organização destaca a importância do isolamento imediato de casos suspeitos, prováveis e confirmados. Para a análise laboratorial, a recomendação é a coleta preferencial de amostras das secreções das lesões, podendo ser crostas das lesões se já estiverem secas.
Em situações em que a pessoa não apresenta lesões na pele ou mucosas, a OMS indica que é possível realizar a coleta por meio de swab de orofaringe (boca e garganta) e swab anal ou genital.
Segundo a OMS, o teste molecular identifica o material genético do vírus na amostra, enquanto o sequenciamento genético, uma técnica mais complexa, permite a identificação das bases do DNA. Com esse mapa genético, é possível comparar o genoma do vírus com outros disponíveis nas bases de dados, proporcionando uma análise mais detalhada..
Tratamento
O virologista destaca que o tratamento normalmente consiste em suporte. “Não existe um tratamento específico para a monkeypox. Os sintomas podem persistir por 15 dias a um mês, sendo tratados para aliviar a dor local e proporcionar bem-estar ao paciente”, esclarece.
Naveca explica que geralmente, a evolução é benigna, não levando agravamento na grande maioria dos casos, o que dispensa a necessidade de um tratamento específico. “Há uma abordagem ainda experimental que utiliza um tratamento empregado para varíola humana; entretanto, na maioria dos casos, não se faz necessário um tratamento específico. O suporte é adotado principalmente para mitigar o desconforto que o paciente está enfrentando. O tratamento mais específico desenvolvido para a varíola humana é reservado para situações mais extremas”, salienta.
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